O futebol e seus caprichos...Um mundo a parte, um código de ética especial e algumas condutas que chamam a atenção. Nos últimos dias, a pergunta mais repetida pelos torcedores: "drible ou firula?".
Neymar e seus dribles estão incomodando. Principalmente, os adversários. Sempre tem um zagueiro, daqueles com a cintura dura e falta de habilidade, questionando o estilo de jogo do atacante do Santos. Pelo caminho, Neymar já deu chapéu em Chicão, zagueiro do Corinthians, em um lance fora da disputa do jogo e criou problemas em campo. Habilidoso, Neymar também driblou vários adversários em belos gols que ganharam até o carimbo da FIFA mas diante do Botafogo de Ribeirão Preto, em algumas rodadas anteriores do campeonato paulista, a polêmica voltou.
As opiniões estão divididas. Dizem que o garoto desrespeita o adversário quando faz o drible sem ser em direção ao gol ou naquele momento em que para a bola, coloca as mãos na cintura e olha em direção ao marcador. Vale? É do jogo? Cada um tem sua teoria.
Gosto de observar os fatos, cansei de ver Neymar decidindo jogos, driblando adversários e muitos sem qualquer tipo de raiva do atacante. Vou contar aqui um episódio que aconteceu durante a entrega do Prêmio Bola de Prata da Placar/ESPN em dezembro do ano passado. Um dia depois da última rodada do campeonato brasileiro. Horas antes de estar ao lado dos craques premiados, eu estava atrás de um dos gols da Vila Belmiro trabalhando na transmissão de Santos x Palmeiras. O elenco palmeirense já rebaixado queria pelo menos fazer uma boa apresentação. Neymar estava apagado. Até que os zagueiros Román e Artur começaram a fazer várias faltas no atacante. Pronto, era o que ele queria. O jogador sem interesse se transformou no craque que desequilibra. Com 2 gols, ele ajudou o Santos a vencer por 3 a 1. Volto a cena da entrega dos prêmios, um dia depois da partida e me lembro da conversa que tive com o atacante.
"Neymar, mais uma vez você acabou com o jogo, desequilibrou. Parabéns", disse ao atacante.
Neymar respondeu assim: "Eu estava mal no início da partida, todo mundo viu mas os "caras" começaram a me bater, a fazer falta, então decidi jogar".
Jogou, desequilibrou, apanhou mas fez gols. O futebol e seus caprichos...A pergunta agora não seria: "Intimidação não pode virar motivação para o craque?"
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